É uma desordem dos tempos.

Eu não fui tão errada, nós não estamos tão errados, não escolhemos o tempo errado, o tempo também nos escolhe. Qualquer tempo é um início a menos que se deseje seu fim.

Eu me desespero no seu equilíbrio-irresponsável. Nossa compreensão abastece minha capacidade de enxergar, mesmo tão distante, as respostas na profundeza de seus olhos. Se tirassem música de nossas conversas daria uma melodia suave.

Agora, a minha sede de dias alegres disputa com essa distância cretina e uma razão inocente que afastam nossos caminhos. E eu fico aqui tentando lhe enviar poesias por nuvens e decifrar os seus próximos passos - que são leves como a sua voz ao telefone - enquanto o destino, senhor de todos os amores, brinca de fazer o tempo zombar de sentimentos.


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